A Coveira de Massamá: O Paulo dos Anéis

Brevemente

Os Criadores e a Criação

E - Entrevistador Incógnito
D - Duarte Fernão
S - Serafim Saudade

E- Porque é que criaram esta tão emblemática personagem que é a Tina Aguardente?
S - Foi uma coisa instantanea, surgiu no momento. Eu era idoso, o Duarte jovem. Eramos revolucionários. Fãs de aspirina, e acho que isso explica tudo.
D - A Tina foi criada como um grito de revolta...simplesmente foi isso.
E - Um grito de revolta?
D - Exactamente...
E - Contra o quê?
D - Contra o aborrecimento. Foi basicamente isso, encontravamos-nos aborrecidos, o Serafim agarra no papel, eu também, começamos à pancada porque queriamos os dois o papel, e a professora ameaçou falta disciplinar. Criar a Tina foi outra forma que escolhemos para nos entretermos sem ser à pancada.
E - E a Tina é baseada em alguma pessoa real?
S - Olhe para dentro de si, e descobrirá a resposta.
D - Nem mais...
E - É baseada não é?
S e D - É!
E - E é em quem?
D - Está a ver aquela pessoa do telejornal...
S - Sim, a Moura...
E - A Manuela Moura Guedes?
D - Exacto
E - É ela?
D - Não.
E - Então quem é?
D - Não podemos dizer...
S - É...a nossa religião não o permite...
E - Bom, pensam já em sequela?
S - Talvez sim, talvez não...
D - Não é uma coisa que a gente não queira...
S - Mas também não é algo que queiramos...
D - Talvez, possa acontecer, se nos oferecerem dinheiro
S - Ou bilhetes pó Benfica...
D - Ou uma mota nova...
S - Ou um charro...
D - Mas, não é muito provável, quer se dizer, já matamos praticamente a personagem, não é?
E - E a Tina não terá mais aparições noutras histórias, digamos, por exemplo, nas da saga Cá-a a Boca?
S - Sim, irá aparecer...
D - Sim, é uma personagem muito engraçada, que irá aparecendo...nem que seja para cravar um cigarrinho...
S - Ou dizer olá.
E - De onde veio o título "A Coveira de Massamá"?
D - Está espetacolher não está?
S - Divinal até!
E - Podia estar melhor...
S - Desculpa? (saca da navalha)
E - Brincadeira...
D - O título não me lembro, lembro-me do subtítulo, que foi durante uma aula de Filosofia onde eu estava a ler algo de português cujo título era introdução a qualquer coisa, e o Serafim, disse Loucura, no contexto de uma conversa que estavamos a ter, e assim ficou, Introdução à Loucura.
S - O que é muito bonito...repare que Duarte estava a ler enquanto conversava, uma mente brilhante...
D - O que posso eu dizer?
E - Zuper Coelhe? Como nasce?
D - Conta tu Serafim...
S - O Zuper Coelhe nasceu em Francês, na aula de francês. O Duarte, companheiro de muitas aventuras, estava a desenhar na mesa...
D - Na mesa?
S - Que tolo, no papel, que ele tinha um papel próprio para desenhar, que ele respeitava a propriedade da escola, atenção...
D - Ah bom...
S - E como estava a dizer, estava a desenhar um coelho, acho que era o Bugs Bunny.
D - Qualquer coisa do genéro.
S - E vira-se para mim, com cara de parvo e diz: Olha aqui. E eu disse, falta a capa, e ele, tens razão, vai ser o Super Coelho...
D - E ai, o Serafim disse, Non, Zuper Coelhe!
S - E basicamente foi isso, e assim nasceu o maior super herói de todos os tempos!
E - E a Disfarçada?
D - Ah, a Disfarçada, bom, quem criou a Disfarçada foi na realidade a nossa amiga Filipa, que apareceu no messenger com o nome de "Pessoa Disfarçada", para ninguém a reconhecer...
S - Para fazer as coisas pela calada...
D - E o nome ficou...juntamente com Oscilação que rima com Assunção.
S - Ah sim, e assim é bem mais giro.
E - Bom e foi tudo, obrigado pela vossa participação
D - Ninguém o obrigou.
E - Foi a entrevista com os grandes escritores, ou pelo menos que têm a mania de que o são, André Serafim e Duarte Henriques.
S - Antes de terminar quero partilhar uma grande sabedoria, que certa vez partilharam comigo...
E - Esteja à vontade.
S - Por vezes, quando chove, ocorrem grandes secas, palavra da Oscilação. Au revoir!
D - Auf widersine

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